segunda-feira, 10 de maio de 2010

NEM SEMPRE É O QUE PARECE

D.Joana ,viúva aposentada
Mãe de 3 filhos adultos
Na vida acomodada
Casa bem arrumada
Comida gostosa,roupa ajeitada
Amigas da igreja
Vida organizada
Seu mundo sob controle.
De repente aparece, com problemas de pressão
Ansiedade,insônia e Joana chorando
Estranho ;sempre calma, agora reclamando
Filhos brigando,Marcos à noite fica no bar
Marcelo na igreja e pra completar
Tereza arruma uma barriga;
Ainda bem,moço honesto
Vai arrumar pra casar

Meu Deus !Joana que era normal
Numa rapidez muito grande
Passa de sadia a hipertensa grave
Ninguém da US entende
Mas,afinal é tanta gente
E doença é assim mesmo
Quando Deus quer ,não tem jeito
Aparece ,fica e se não tratar
No hospital,vai parar

Ta na hora ,pessoal
De parar pra analisar
Se Joana estava bem
O que houve,gente?
Pra saúde acabar.

Aí temos o desfecho
Do que veio a acontecer
Seu Pedro,irmão de Joana
Nunca quis casar
Morava só e cai de cama
Não tem ninguém pra dele cuidar
E Joana que era muito boa
Coloca Pedro em sua casa
Dá-lhe seu quarto,seu carinho ,seu sono
E o equilíbrio de seu lar.
Pedro dorme o dia todo
A noite fica a reclamar
TV não deixa ligar
Alto não se pode falar
E com os sobrinhos vive a implicar

Os meninos,moços educados
Para com a mãe ,não brigar
Cada um a sua maneira
Procurou se ajeitar

E a família de Joana
Que era bem resolvida
Desestruturou,nunca mais foi a mesma
Tornou-se estraçalhada
Depois que Pedro chegou
E o mais engraçado
Que os doutores que são entendidos
Que vivem ciência a respirar
Ficam na maior dúvida
Qual doente tratar!
(Sônia Maranhão)



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