quinta-feira, 31 de março de 2011
Entre a Intenção e o Ato – Uma Análise da Política de Contratualização dos Hospitais de Ensino (2004-2010)
Entre a Intenção e o Ato – Uma Análise da Política de Contratualização dos Hospitais de Ensino (2004-2010)
retirado da Domingueira nº 260 de Gilson Carvalho
Artur Chioro, Secretário de Saúde de São Bernardo do Campo(SP), apresentará no próximo dia 17 a sua tese ”ENTRE A INTENÇÃO E O ATO: Uma análise da política de contratualização dos hospitais de ensino (2004 – 2011)”. O autor ocupou a diretoria de atenção especializada do Ministério da Saúde no período de 2003-2005.
Introdução: o Programa de Reestruturação dos Hospitais de Ensino, que compreende a certificação e contratualização desses estabelecimentos, implantado em 2004 pelo Governo Federal, é uma das estratégias para o enfrentamento da crise do setor, ao estabelecer novos modos de financiamento, de gestão e de articulação desses hospitais com o sistema de saúde,mediante contrato de gestão com o gestor local do SUS.
Metodologia: o estudo foi realizado em quatro hospitais pertencentes ao primeiro grupo contratualizado já em 2004, de diferentes regimes jurídicos, selecionados por sorteio. Teve como motivação inicial analisar possíveis mudanças decorrentes dessa política governamental no cotidiano dos hospitais de ensino,procurando caracterizar o posicionamento dos diferentes atores institucionais frente a ela, o protagonismo dos gestores e as dificuldades na sua implementação. Para tanto, foram realizadas análise documental e 32 entrevistas envolvendo dirigentes hospitalares, gestores do SUS e dos ministérios responsáveis pela formulação e condução da política de contratualização. Análise de implicação: na condução do estudo, a implicação do autor (que coordenou o processo de formulação e implementação inicial da política ) com o objeto em estudo é tratada de forma explícita. O desafio metodológico central foi conseguir um “deslocamento epistemológico” da posição de sujeito em situação de governo ocupado no passado para a de sujeito epistêmico, tratando de forma explícita essa “relação-contaminação”, e procurado construir “relações alteritárias” que possibilitassem compreendera contratualização sob a perspectiva dos atores responsáveis pela sua efetiva implementação.Análise dos dados: a partir da construção de categorias empíricas -espelho (por simplesmente “refletirem” elementos contidos na grade avaliativa da política), e categorias-novidade(constituída por aspectos não previstos na formulação original da política), foram montadas equações para cada hospital, compostas sempre pelas mesmas categorias, mas denotando-se as intensidades distintas que iam assumindo, bem como as diferentes forças de ligação entre elas.
A análise foi efetuada em três planos analíticos distintos. O primeiro contém uma caracterização de mudanças ocorridas a partir da contratualização, tomando-se como referência as diretrizes da política para a assistência, gestão, educação em saúde e avaliação e incorporação tecnológica. No segundo, são analisadas as apostas que estiveram implícitas na formulação da contratualização, buscando aí indicações sobre suas bases teórico-conceituais não explícitas. No terceiro, já em nível maior de abstração, desenvolve-se uma reflexão teórica sobre o tema da razão e racionalidade na modernidade, buscando conexões com a racionalidade instrumental presente no paradigma estrutural-funcionalista hegemônico nos estudos e intervenções organizacionais, e, como apontado pelo estudo, na própria formulação da política de contratualização dos hospitais de ensino.
Resultados: No primeiro plano analítico, a face mais visível dos avanços proporcionados pela contratualização foi a mudança no perfil de financiamento, resultando em equilíbrio econômico-financeiro e o enfrentamento do endividamento, embora com intensidades e reflexos distintos para os hospitais estudados.No entanto, diretrizes para o ensino, educação permanente, pesquisa e incorporação tecnológica, fundamentais para a produção do novo hospital de ensino, foram finalidades claramente “esquecidas” na implementação da política, que também não foi capaz de proporcionar mudanças consideráveis em relação à qualificação da gestão e da assistência.Num segundo plano analítico, é feita a análise das apostas implícitas da política e seus diferentes graus de realização. A expectativa de indução de uma nova racionalidade gerencial a partir de uma política governamental, ao subestimar a complexidade da micropolítica dos hospitais de ensino, não se concretizou. Os arranjos de participação idealizados, fortemente inspirados na produção de autores que enfatizam a necessidade de “constituição de sujeitos coletivos”, através da horizontalização e democratização das relações entre trabalhadores,usuários e gestores, encontram dificuldades em sua operacionalização, não alcançando produzir uma nova lógica de gestão dos hospitais de ensino. Assim, a política de contratualização termina por reproduzir o comportamento conservador que caracteriza a gestão pública, uma racionalidade instrumental que dá ênfase ao ato administrativo e à normatização excessiva. No terceiro plano analítico, é feita uma discussão teórica sobre o conceito de razão na modernidade, em particular do que tem sido denominado, desde Max Weber, como a “crescente racionalização da sociedade”. É em tal moldura teórico-conceitual que se busca inteligibilidade para o que tem sido denominado de racionalização crescente das práticas médico-hospitalares, caracterizada pelo ideal de funcionamento de hospitais “científicos”, eficientes, previsíveis e, parametrizados pelo mercado e seus critérios de competição e sobrevivência. Este novo “hospital racionalizado” traduz o “hospital dos sonhos”de todos os dirigentes entrevistados, seja no setor público ou privado que, de modo surpreendente, identificam, em boa medida, como sendo o hospital desejado pela política de contratualização! Tudo isso nos alerta para a complexidade inerente à formulação de políticas governamentais, em particular o momento de sua implementação por atores em suas condições concretas de atuação. Impõe-se como pauta, portanto, estudos e intervenções que possam disputar outros sentidos para a gestão hospitalar, que não sejam aqueles moldados pela racionalidade instrumental que vai se estabelecendo como a única e triunfante racionalidade possível, colocando em tela o enfrentamento teórico e político da acachapante funcionalização e homogenização dos modos de se fazer a gestão e sua verdade única.Voltando ao início: conclui-se o estudo com reflexões do autor que, já no final do estudo, e por circunstâncias políticas e profissionais, deparou-se com novo deslocamento, desta vez para a posição de gestor local do SUS, ao ser o responsável por implementar em ato a política de contratualização em hospitais de ensino da cidade.
quinta-feira, 17 de março de 2011
SIGNIFICADO DA PALAVRA RATIMBUM - O CUIDADO COM A FORÇA DAS PALAVRAS
“RATIMBUM” SIGNIFICA “EU AMALDIÇÔO VOCÊ??? Verdade ou mito?
1ª Versão
“EU AMALDIÇÔO VOCÊ!”(Por: karoline alves Em:24 de fevereiro de 2010)
PARECE BRINCADEIRA… MAS, NÃO É!!!
Por muito tempo cantamos inocentemente, o “Parabéns a você” para alguém que está aniversariando… porém, até aqui tudo bem!
O que muitos não sabem é que depois do “Parabéns a você”, muitos falam o tal de RA-TIM-BUM; e isso significa:
EU AMALDIÇÔO VOCÊ!!!
Muitos não sabem, mas os demônios se divertem muito com isso; principalmente em festas cristãs e de crianças, onde é cantado o tal de RA-TIM-BUM!
Muitos não sabem e se perguntam, porque acontecem tantas coisas misteriosas, como mortes e acidentes; horas depois de uma simples festa de aniversário… Pois “sem querer”, o aniversariante foi “AMALDIÇOADO”, pelos seus colegas, amigos e parentes!
Deixo aqui este alerta, a todos os que lêem essa mensagem; porque a obra do diabo é essa: Festejar a ruína do homem!!!
Até certo tempo existiu, um programa infantil numa determinada emissora de TV, chamado “CASTELO RATIMBUM”; que traduzindo significa:“CASTELO AMALDIÇOADO!”
Como podemos cantar um simples “PARABÉNS A VOCÊ”, felicitando uma pessoa querida por nós, e logo em seguida AMALDIÇOA-LA; cantando esse tal de RA-TIM-BUM, junto com o nome do aniversariante no final???
Vamos tomar muito cuidado com esse detalhe!!!
Cantemos sim, o “PARABÉNS A VOCÊ… NESTA DATA QUERIDA… MUITAS FELICIDADES… MUITOS ANOS DE VIDA… HEEEE… VIVA O (Nome do Aniversariante)!”; porém, ELIMINE no final cantar:
“É big…, É big…, É big…, É hora…, É hora…, É hora…, RA-TIM-BUM…
Detalhe que depois de dizer RATIMBUM, logo se pronuncia o nome do aniversariante 3 vezes!!!
Vamos nos atentar para isso!!!
O “SÁBIO” pratica o que lhe foi ensinado, sem contestar; porém o “LOUCO” duvida, sempre contestando o por quê Tomemos cuidado!!! Pois afinal muitas vezes cantamos sem saber o que verdadeiramente estamos cantando acabamos fazendo só por tradição.
*** mas também existe outra teoria***
2ª Versão
Bem, segundo o Dicionário Etimológico Nova Fronteira da Língua Portuguesa, a palavra RATIMBUM é uma onomatopéia, é a imitação de um som. Neste caso o som emitido por uma bandinha de circo ou uma fanfarra quando quer chamar a atenção sobre uma finalização de uma apresentação. A caixa faz TARARÁ!, os pratos fazem TIM!, e o bumbo faz BUM! – TARARÁ TIM BUM, para tornar a palavra mais curta e fácil de falar elipsaram o TARA… e ficou só o RÀ, RA-TIM-BUM, com três sílabas de bom efeito sonoro.
Além disso, existe também uma teoria bem interessante e bem aceita no meio acadêmico como você pode conferir na Revista FAPESP (http://www.revistapesquisa.fapesp.br/Suplemento_USP_70_anos.pdf) que o bordão “é pique, é pique, é hora, é hora, é hora, rá-tim-bum”, incorporado no Brasil ao Parabéns a você, é uma colagem de bordões dos pândegos estudantes das Arcadas da década de 1930. “É pique, é pique” era uma saudação ao estudante Ubirajara Martins, conhecido como “pic-pic” porque vivia com uma tesourinha aparando a barba e o bigode pontiagudo. “É hora, é hora” era um grito de guerra de botequim. Nos bares, os estudantes eram obrigados a aguardar meia hora por uma nova rodada de cerveja – era o tempo necessário para a bebida refrigerar em barras de gelo. Quando dava o tempo, eles gritavam: “É meia hora, é hora, é hora, é hora” . “Rá-tim-bum”, por incrível que pareça, refere-se a um rajá indiano chamado Timbum, ou coisa parecida, que visitou a faculdade – e cativou os estudantes com a sonoridade de seu nome. O amontoado de bordões ecoava nas mesas do restaurante Ponto Chic, com um formato um pouco diferente do que se conhece hoje: “Pic-pic, pic-pic; meia hora, é hora, é hora, é hora; rá,já, tim, bum” . Como isso foi parar no Parabéns a você? “Os estudantes costumavam ser convidados a animar e prestigiar festas de aniversário. E desfiavam seus hinos”, conta o atual diretor da faculdade, Eduardo Marchi, de 44 anos, que relembrou a curiosidade em seu discurso de posse, dois anos atrás.
** Ratibum é uma palavra mágica usada pelos magos pérsias na Idade média. Nos rituais satânicos elas eram pronunciadas assim e ao contrário fazendo o mestre dos magos surgir das cinzas e realizar os desejsos de quem proclamou. Temos o livre arbitrio para acreditar ou não no que nos é colocado, afinal … Cada qual,pois deve ser muito cuidadoso,procurando ser vigilante na oração, não dar lugar as ilusões do demônio “Que nunca dorme, nem cessa de andar à roda das almas para as devorar” (1 Pd 5,8) Por isso prestemos atenção no que cantamos, no que nos é posto para que não sejamos enganados por satanás pois ele é o pai da mentira!!! Muitas palavras tem poder, principalmente as que saem de nossa boca,por isso tomemos cuidado com o que nós pronunciamos…
1ª Versão
“EU AMALDIÇÔO VOCÊ!”(Por: karoline alves Em:24 de fevereiro de 2010)
PARECE BRINCADEIRA… MAS, NÃO É!!!
Por muito tempo cantamos inocentemente, o “Parabéns a você” para alguém que está aniversariando… porém, até aqui tudo bem!
O que muitos não sabem é que depois do “Parabéns a você”, muitos falam o tal de RA-TIM-BUM; e isso significa:
EU AMALDIÇÔO VOCÊ!!!
Muitos não sabem, mas os demônios se divertem muito com isso; principalmente em festas cristãs e de crianças, onde é cantado o tal de RA-TIM-BUM!
Muitos não sabem e se perguntam, porque acontecem tantas coisas misteriosas, como mortes e acidentes; horas depois de uma simples festa de aniversário… Pois “sem querer”, o aniversariante foi “AMALDIÇOADO”, pelos seus colegas, amigos e parentes!
Deixo aqui este alerta, a todos os que lêem essa mensagem; porque a obra do diabo é essa: Festejar a ruína do homem!!!
Até certo tempo existiu, um programa infantil numa determinada emissora de TV, chamado “CASTELO RATIMBUM”; que traduzindo significa:“CASTELO AMALDIÇOADO!”
Como podemos cantar um simples “PARABÉNS A VOCÊ”, felicitando uma pessoa querida por nós, e logo em seguida AMALDIÇOA-LA; cantando esse tal de RA-TIM-BUM, junto com o nome do aniversariante no final???
Vamos tomar muito cuidado com esse detalhe!!!
Cantemos sim, o “PARABÉNS A VOCÊ… NESTA DATA QUERIDA… MUITAS FELICIDADES… MUITOS ANOS DE VIDA… HEEEE… VIVA O (Nome do Aniversariante)!”; porém, ELIMINE no final cantar:
“É big…, É big…, É big…, É hora…, É hora…, É hora…, RA-TIM-BUM…
Detalhe que depois de dizer RATIMBUM, logo se pronuncia o nome do aniversariante 3 vezes!!!
Vamos nos atentar para isso!!!
O “SÁBIO” pratica o que lhe foi ensinado, sem contestar; porém o “LOUCO” duvida, sempre contestando o por quê Tomemos cuidado!!! Pois afinal muitas vezes cantamos sem saber o que verdadeiramente estamos cantando acabamos fazendo só por tradição.
*** mas também existe outra teoria***
2ª Versão
Bem, segundo o Dicionário Etimológico Nova Fronteira da Língua Portuguesa, a palavra RATIMBUM é uma onomatopéia, é a imitação de um som. Neste caso o som emitido por uma bandinha de circo ou uma fanfarra quando quer chamar a atenção sobre uma finalização de uma apresentação. A caixa faz TARARÁ!, os pratos fazem TIM!, e o bumbo faz BUM! – TARARÁ TIM BUM, para tornar a palavra mais curta e fácil de falar elipsaram o TARA… e ficou só o RÀ, RA-TIM-BUM, com três sílabas de bom efeito sonoro.
Além disso, existe também uma teoria bem interessante e bem aceita no meio acadêmico como você pode conferir na Revista FAPESP (http://www.revistapesquisa.fapesp.br/Suplemento_USP_70_anos.pdf) que o bordão “é pique, é pique, é hora, é hora, é hora, rá-tim-bum”, incorporado no Brasil ao Parabéns a você, é uma colagem de bordões dos pândegos estudantes das Arcadas da década de 1930. “É pique, é pique” era uma saudação ao estudante Ubirajara Martins, conhecido como “pic-pic” porque vivia com uma tesourinha aparando a barba e o bigode pontiagudo. “É hora, é hora” era um grito de guerra de botequim. Nos bares, os estudantes eram obrigados a aguardar meia hora por uma nova rodada de cerveja – era o tempo necessário para a bebida refrigerar em barras de gelo. Quando dava o tempo, eles gritavam: “É meia hora, é hora, é hora, é hora” . “Rá-tim-bum”, por incrível que pareça, refere-se a um rajá indiano chamado Timbum, ou coisa parecida, que visitou a faculdade – e cativou os estudantes com a sonoridade de seu nome. O amontoado de bordões ecoava nas mesas do restaurante Ponto Chic, com um formato um pouco diferente do que se conhece hoje: “Pic-pic, pic-pic; meia hora, é hora, é hora, é hora; rá,já, tim, bum” . Como isso foi parar no Parabéns a você? “Os estudantes costumavam ser convidados a animar e prestigiar festas de aniversário. E desfiavam seus hinos”, conta o atual diretor da faculdade, Eduardo Marchi, de 44 anos, que relembrou a curiosidade em seu discurso de posse, dois anos atrás.
** Ratibum é uma palavra mágica usada pelos magos pérsias na Idade média. Nos rituais satânicos elas eram pronunciadas assim e ao contrário fazendo o mestre dos magos surgir das cinzas e realizar os desejsos de quem proclamou. Temos o livre arbitrio para acreditar ou não no que nos é colocado, afinal … Cada qual,pois deve ser muito cuidadoso,procurando ser vigilante na oração, não dar lugar as ilusões do demônio “Que nunca dorme, nem cessa de andar à roda das almas para as devorar” (1 Pd 5,8) Por isso prestemos atenção no que cantamos, no que nos é posto para que não sejamos enganados por satanás pois ele é o pai da mentira!!! Muitas palavras tem poder, principalmente as que saem de nossa boca,por isso tomemos cuidado com o que nós pronunciamos…
quarta-feira, 9 de março de 2011
DR GILSON CAQRVALHO
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA POR EXCESSO DE HORAS DE TRABALHO DA EQUIPE DIRIGENTE DO MINISTÉRIO DA SAÚDE!!! Gilson Carvalho
Estive participando de reuniões em Brasilia e recebi, na entrada do Ministério da Saúde, o Boletim do Sindicato dos Servidores Públicos Federais do DF. O texto que me chamou a atenção foi o seguinte:
“MINISTÉRIO DA SAÚDE – Servidores reclamam de abuso na carga horária. – Servidores que trabalham diretamente com o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lotados no gabinete (5º andar), bem como motoristas e ascensoristas, além da assessoria jurídica (3º e 6º andares), reclamam da carga horária abusiva e relatam que muitos estão trabalhando até altas horas da madrugada. O Sindisep- DF reforça que esta condição de trabalho dos servidores do MS é desumana e ainda há o agravante de os servidores não terem direito a receber as horas extras trabalhadas. O Sindsep-DF solicitou audiência com a coordenadora geral de Recursos Humanos do ministério para tratar do assunto. Fonte: Esplanada Geral – Boletim do Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Distrito Federal. Sindsep – DF Ano XXIII – nº 398 – 24 de janeiro a 7 de fevereiro de 2011.”
Digo que a notícia faz parte do mundo de Kafka. De um lado o louvor de uma equipe que entra e procura usar todo o tempo possível para colocar-se a par das questões da gestão da saúde. Anda fazendo das tripas o coração para vencer esta primeira etapa de reconhecimento do terreno e apagamento de fogueiras, algumas até de vaidades.
De outro lado vejo a reclamação dos servidores que comentam este excesso de trabalho dos dirigentes mas que repercute neles: pessoal de apoio, secretárias, motoristas e ascensoristas e juristas da procuradoria.
O inusitado para mim é justamente que, pela primeira vez, vejo uma reclamação trabalhista dentro do serviço público, contra as chefias pois estão trabalhando demais e até mesmo fora de horário!!!
Estou comentando por, como dirigente lá e cá, eu ter feito o mesmo em alguns cargos ocupados, inclusive no Ministério da Saúde. Primeira regra para os contumazes praticantes do workaholismo: dispensar todo pessoal de apoio no seu limite de horário de trabalho e ficar trabalhando sozinho ou com aqueles que queiram, em idênticas condições, partilhar este trabalho. Acabava ficando sozinho trabalhando, colocando em dia minhas tarefas. Passei a ter um problema sério no Ministério da Saúde que me limitava o horário de saída. Impreterivelmente às 23 hs o guarda tocava meu telefone e me dizia assim: “ Doutor, já são 23 hs e o pessoal da limpeza quer saber se o senhor já vai embora!” Vejam só: Eu era pressionado para reduzir minha carga horária extra, não remunerada, pela turma da limpeza. Sabia que não era para limparem minha sala pois já o tinham feito.O motivo do cuidado deles com meu excesso de trabalho era bem outro. Naqueles anos eu tinha uma furgolaine velha com 11 lugares que sempre usei para meu deslocamento entre casa-ministério-aeroporto. Quando saia às 23 hs ou um pouco mais, me acostumei a oferecer carona para o pessoal da limpeza que terminava seu turno e teria que ir a pé até a rodoviária! Queriam saber se eu já estava indo embora pois, estavam atrás da carona amiga a que se habituaram receber!
Voltando ao kafkaniano tem-se que buscar saídas para este desconforto e aqui vão minhas sugestões:
1. Os dirigentes poderiam, na rotina, exceder menos em sua carga de trabalho. Pela sua saúde e bom senso! Deixar para a exceção da exceção! Poderiam até invertam a lógica: chegar mais cedo, por exemplo de madrugada e sair mais cedo; (por sair tarde e chegar cedo levei o apelido de leiteiro com aquele carrão enorme, na porta do MS!)
2. Enquanto permanecer a necessidade e vontade de trabalhar 20 horas por dia, que façam apenas, por opção individual os dirigentes que assim o queiram, dispensando o pessoal de apoio;
3. Se imprescindível, que se faça rodízio entre aqueles que dão apoio ao Ministro e sua equipe, com dois ou três turnos de trabalho.
4. Se impossíveis os turnos, que se paguem com justiça as horas extras de todos que excederem sua carga contratual, dentro dos dispositivos legais.
Kafka iria se sentir prejudicado, mas nós cidadãos agradecemos a dedicação dos incansáveis, mas que não deixem de seguir, com os demais trabalhadores do Ministério, as regras da lei.
Estive participando de reuniões em Brasilia e recebi, na entrada do Ministério da Saúde, o Boletim do Sindicato dos Servidores Públicos Federais do DF. O texto que me chamou a atenção foi o seguinte:
“MINISTÉRIO DA SAÚDE – Servidores reclamam de abuso na carga horária. – Servidores que trabalham diretamente com o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lotados no gabinete (5º andar), bem como motoristas e ascensoristas, além da assessoria jurídica (3º e 6º andares), reclamam da carga horária abusiva e relatam que muitos estão trabalhando até altas horas da madrugada. O Sindisep- DF reforça que esta condição de trabalho dos servidores do MS é desumana e ainda há o agravante de os servidores não terem direito a receber as horas extras trabalhadas. O Sindsep-DF solicitou audiência com a coordenadora geral de Recursos Humanos do ministério para tratar do assunto. Fonte: Esplanada Geral – Boletim do Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Distrito Federal. Sindsep – DF Ano XXIII – nº 398 – 24 de janeiro a 7 de fevereiro de 2011.”
Digo que a notícia faz parte do mundo de Kafka. De um lado o louvor de uma equipe que entra e procura usar todo o tempo possível para colocar-se a par das questões da gestão da saúde. Anda fazendo das tripas o coração para vencer esta primeira etapa de reconhecimento do terreno e apagamento de fogueiras, algumas até de vaidades.
De outro lado vejo a reclamação dos servidores que comentam este excesso de trabalho dos dirigentes mas que repercute neles: pessoal de apoio, secretárias, motoristas e ascensoristas e juristas da procuradoria.
O inusitado para mim é justamente que, pela primeira vez, vejo uma reclamação trabalhista dentro do serviço público, contra as chefias pois estão trabalhando demais e até mesmo fora de horário!!!
Estou comentando por, como dirigente lá e cá, eu ter feito o mesmo em alguns cargos ocupados, inclusive no Ministério da Saúde. Primeira regra para os contumazes praticantes do workaholismo: dispensar todo pessoal de apoio no seu limite de horário de trabalho e ficar trabalhando sozinho ou com aqueles que queiram, em idênticas condições, partilhar este trabalho. Acabava ficando sozinho trabalhando, colocando em dia minhas tarefas. Passei a ter um problema sério no Ministério da Saúde que me limitava o horário de saída. Impreterivelmente às 23 hs o guarda tocava meu telefone e me dizia assim: “ Doutor, já são 23 hs e o pessoal da limpeza quer saber se o senhor já vai embora!” Vejam só: Eu era pressionado para reduzir minha carga horária extra, não remunerada, pela turma da limpeza. Sabia que não era para limparem minha sala pois já o tinham feito.O motivo do cuidado deles com meu excesso de trabalho era bem outro. Naqueles anos eu tinha uma furgolaine velha com 11 lugares que sempre usei para meu deslocamento entre casa-ministério-aeroporto. Quando saia às 23 hs ou um pouco mais, me acostumei a oferecer carona para o pessoal da limpeza que terminava seu turno e teria que ir a pé até a rodoviária! Queriam saber se eu já estava indo embora pois, estavam atrás da carona amiga a que se habituaram receber!
Voltando ao kafkaniano tem-se que buscar saídas para este desconforto e aqui vão minhas sugestões:
1. Os dirigentes poderiam, na rotina, exceder menos em sua carga de trabalho. Pela sua saúde e bom senso! Deixar para a exceção da exceção! Poderiam até invertam a lógica: chegar mais cedo, por exemplo de madrugada e sair mais cedo; (por sair tarde e chegar cedo levei o apelido de leiteiro com aquele carrão enorme, na porta do MS!)
2. Enquanto permanecer a necessidade e vontade de trabalhar 20 horas por dia, que façam apenas, por opção individual os dirigentes que assim o queiram, dispensando o pessoal de apoio;
3. Se imprescindível, que se faça rodízio entre aqueles que dão apoio ao Ministro e sua equipe, com dois ou três turnos de trabalho.
4. Se impossíveis os turnos, que se paguem com justiça as horas extras de todos que excederem sua carga contratual, dentro dos dispositivos legais.
Kafka iria se sentir prejudicado, mas nós cidadãos agradecemos a dedicação dos incansáveis, mas que não deixem de seguir, com os demais trabalhadores do Ministério, as regras da lei.
terça-feira, 1 de março de 2011
A CULTURA ESCONDIDA
Poema escrito; inspirado em um bate papo com meu amigo e parceiro Dr. Rogério Resende; médico; Mestre em Saúde Pública e com doutorado em afeto e carinho pelas pessoas; o companheiro das horas mais difíceis “o colo”; “o ombro” nas horas incertas.
Um ser humano como poucos; que tem experiência de vida e conhecimento bastante para tornar sempre a vida mais leve. Se algum dia eu deixar de acreditar nesta pessoa penso que acabou minha crença na humanidade.
Que sua vida seja abençoada; que sua família seja ricamente também abençoada e que Deus lhe conceda a sabedoria de ser sempre como é.
Obrigada; meu amigo por tudo e por sempre; até pelas brigas na hora certa. Você é o meu espelho
A CULTURA ESCONDIDA
(dedicado a minha mãe Dra Mariah Dias doutora e mestra em História Moderna e Contemporânea e com 93 anos de idade)
Assisto como expectadora
Alguma protagonista
Mas sempre envolvida
A mal-bem /dita finitude.
E nos poucos momentos
Que me sobram para refletir
Pergunto?
Ou até me atrevo a perguntar a Deus?
Antes disto
Com profundo respeito
Oro
Creio e sei de SUA perfeição
Mas; ajude-me a entender
O apagar
Dos sonhos; da cultura?
Do conhecimento; da experiência?
De uma pessoa que descrevia
A História Antiga
Como se tivesse vivido com Tutancâmon
Assistido ao incêndio de Roma
E tentado impedir Nero
Acompanhado a fabricação do “CAVALO DE TRÓIA”
Aportado com Cabral e tentado
Sensibilizar os europeus a valorizar
A cultura indígena e não escravizar
Visitado Napoleão no seu império
Sua revolução contra Deus
Encurralando Portugal
Fechando os portos; obrigando a família real
A vir para o Brasil
Aconselhado a redentora nossa princesa Izabel
A não assinar a Lei Áurea
Porque ainda não era o momento
Pois “a mesma” fundaria a mendicância brasileira
Isto sem contar em detalhes
A construção dos aquedutos de Roma
E a abundância de água na Grécia
Permitindo assim a sua dedicação aos esportes e à cultura
A revolta com a Idade Média
Travando a evolução da humanidade
Mil anos na idade das trevas
A revolução francesa; a queda da Bastilha
Maria Antonieta e Joana Darc.
A Idade Moderna e Contemporânea
A revolução industrial
As grandes invenções-bússola; relógios; eletricidade
Meu Deus!
Onde foi parar este conhecimento?
Responda por favor
Onde está armazenado?
Poderá ser ainda resgatado?
Enquanto isto
Atônita
Recebo o pedido de benção
Da mãe que se tornou filha
Do pedido de preparo para merenda
E outras sandices mais
Difícil assistir esta tela
A dura realidade da velhice
A espera da falência orgânica
Pois a mental; já aconteceu
De uma maneira rápida; concreta e irremediável
São muitos os questionamentos; as indagações
E uma oração fervorosa
De agradecimento pela insanidade
Pois não sei se ela agüentaria
A lucidez sem a cultura
Pois a sua vaidade intelectual
Faria muito sofrimento
O mesmo Deus;
Que me força a assistir este momento
É o que me dá força para agradecer
O privilégio de ter convivido
Com esta enciclopédia ambulante
E que ELE o Mestre dos Mestres
O especialista em vida
Dê-me força
Para aceitar
O que ELE determinar
Amém
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