terça-feira, 1 de março de 2011

A CULTURA ESCONDIDA








Poema escrito; inspirado em um bate papo com meu amigo e parceiro Dr. Rogério Resende; médico; Mestre em Saúde Pública e com doutorado em afeto e carinho pelas pessoas; o companheiro das horas mais difíceis “o colo”; “o ombro” nas horas incertas.
Um ser humano como poucos; que tem experiência de vida e conhecimento bastante para tornar sempre a vida mais leve. Se algum dia eu deixar de acreditar nesta pessoa penso que acabou minha crença na humanidade.
Que sua vida seja abençoada; que sua família seja ricamente também abençoada e que Deus lhe conceda a sabedoria de ser sempre como é.
Obrigada; meu amigo por tudo e por sempre; até pelas brigas na hora certa. Você é o meu espelho


A CULTURA ESCONDIDA

(dedicado a minha mãe Dra Mariah Dias doutora e mestra em História Moderna e Contemporânea e com 93 anos de idade)



Assisto como expectadora
Alguma protagonista
Mas sempre envolvida
A mal-bem /dita finitude.

E nos poucos momentos
Que me sobram para refletir
Pergunto?
Ou até me atrevo a perguntar a Deus?
Antes disto
Com profundo respeito
Oro
Creio e sei de SUA perfeição
Mas; ajude-me a entender
O apagar
Dos sonhos; da cultura?
Do conhecimento; da experiência?
De uma pessoa que descrevia
A História Antiga
Como se tivesse vivido com Tutancâmon
Assistido ao incêndio de Roma
E tentado impedir Nero
Acompanhado a fabricação do “CAVALO DE TRÓIA”
Aportado com Cabral e tentado
Sensibilizar os europeus a valorizar
A cultura indígena e não escravizar
Visitado Napoleão no seu império
Sua revolução contra Deus
Encurralando Portugal
Fechando os portos; obrigando a família real
A vir para o Brasil
Aconselhado a redentora nossa princesa Izabel
A não assinar a Lei Áurea
Porque ainda não era o momento
Pois “a mesma” fundaria a mendicância brasileira

Isto sem contar em detalhes
A construção dos aquedutos de Roma
E a abundância de água na Grécia
Permitindo assim a sua dedicação aos esportes e à cultura
A revolta com a Idade Média
Travando a evolução da humanidade
Mil anos na idade das trevas
A revolução francesa; a queda da Bastilha
Maria Antonieta e Joana Darc.

A Idade Moderna e Contemporânea
A revolução industrial
As grandes invenções-bússola; relógios; eletricidade

Meu Deus!
Onde foi parar este conhecimento?
Responda por favor
Onde está armazenado?
Poderá ser ainda resgatado?

Enquanto isto
Atônita
Recebo o pedido de benção
Da mãe que se tornou filha
Do pedido de preparo para merenda
E outras sandices mais

Difícil assistir esta tela
A dura realidade da velhice
A espera da falência orgânica
Pois a mental; já aconteceu
De uma maneira rápida; concreta e irremediável

São muitos os questionamentos; as indagações
E uma oração fervorosa
De agradecimento pela insanidade
Pois não sei se ela agüentaria
A lucidez sem a cultura
Pois a sua vaidade intelectual
Faria muito sofrimento

O mesmo Deus;
Que me força a assistir este momento
É o que me dá força para agradecer
O privilégio de ter convivido
Com esta enciclopédia ambulante
E que ELE o Mestre dos Mestres
O especialista em vida
Dê-me força
Para aceitar
O que ELE determinar
Amém

Um comentário:

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